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01-07-2008

Os pedidos não param de aumentar


Junta de Freguesia de Aveiro ajuda nas contas domésticas aos mais carenciados

Uma junta de freguesia da cidade de Aveiro está a pagar, nas farmácias e mercearias, as contas de luz, gás e água de pessoas em dificuldades e os pedidos não param de aumentar.

Segundo disse hoje à Lusa fonte da Junta da Glória, uma das principais freguesias da cidade de Aveiro, a maior parte das suas verbas já é consumida na ajuda a pessoas em dificuldades económicas.

Mais de metade do orçamento da Junta (202 mil euros) é para fins sociais. No que respeita a contas de luz, água e gás, a Junta paga directamente as contas das famílias às empresas. Nas mercearias e outros bens de primeira necessidade, é emitida uma requisição e é a Junta que manda aviar em estabelecimentos comerciais da cidade.

Nos medicamentos, é confirmado o valor que cabe ao utente, o médico da Junta verifica se é essencial para o tratamento, e a autarquia paga a diferença à farmácia.

O apoio é dado conforme as condições das famílias, porque a Junta tem um diagnóstico da situação familiar, e não é sempre garantido.

“Nem sempre pagamos porque as pessoas não podem ficar habituadas a ficar à espera da nossa ajuda, mas damos resposta, em média, a metade das solicitações”, disse à Lusa o presidente da Junta da Glória, Fernando Tavares Marques.

Cada vez há, segundo o autarca, mais solicitações para a Junta ajudar a suportar as despesas do dia-a-dia e apenas é concedido apoio para bens essenciais.

“Hoje temos mais 40 por cento de pedidos de auxílio do que quando iniciei o mandato em 2005 e, como não podemos atender a todos, a nossa prioridade vai para os medicamentos porque a saúde é fundamental e ninguém os compra por prazer”, frisou.

Os fregueses que recebem apoio da Junta são, sobretudo, pessoas idosas de baixos recursos e a maioria dos pedidos têm origem em residentes na urbanização de Santiago, um bairro social onde reside mais de 40 por cento da população daquela freguesia do centro da cidade.

“Os rendimentos não acompanharam o aumento do custo de vida e há situações muito graves porque as pessoas não têm possibilidade de suportar o aumento de bens essenciais e vêm bater à porta da Junta a pedir ajuda”, assinala Fernando Tavares Marques.

“A maioria são pessoas de idade, eu diria mesmo que 95 por cento têm mais de 50 anos e temos, inclusive, uma senhora de 90 anos que nos pediu para a ajudar. É gente que, além das dificuldades para enfrentar o dia-a-dia, vive o drama da solidão, a quem, além de colaborar nas despesas domésticas, procuramos dar uma palavra de carinho”, disse.

Em muitos casos, os filhos vivem longe, trabalham em Lisboa, no Porto, noutras cidades e mesmo noutros países, e não os podem acompanhar.

“Haverá também casos esporádicos, em que a família não quer saber deles. Levantam-se da cama e passam o dia no sofá ou à janela para passar o tempo”, relata o autarca.

Além dos idosos, quem procura a Junta são pessoas de grandes agregados familiares que já não conseguem, sozinhos, gerir a casa.

“Somos muito cuidadosos nas ajudas que damos porque as pessoas têm de se habituar a economizar e a fazer uma boa gestão doméstica, mas há dramas muito reais, casas onde vivem quatro pessoas com um rendimento de 285 euros por mês e assim não é possível”, refere o presidente da Junta.

O autarca enaltece, no entanto, o papel “extremamente importante” que desempenham as “Florinhas do Vouga”, uma instituição religiosa de apoio social, no atendimento às situações mais graves.

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